Algumas altera��es de comportamento s�o
bastante comuns no curso das Dem�ncias.
A falta de iniciativa, ou apatia, representada pela
ilustra��o abaixo, est� presente quando o paciente,
especialmente nas fases iniciais da Doen�a de
Alzheimer, pode passar horas sentado, sem
manifestar nenhuma iniciativa. � preciso que ele
receba est�mulos de sua fam�lia para envolver-se
em alguma atividade para a qual ele ainda tenha
compet�ncia. Convide-o para auxiliar em alguma
tarefa, leve-o para passear, mantenha o di�logo,
e evite coment�rios com amigos ou outras pessoas
da fam�lia sobre a doen�a e sua evolu��o.
Pacientes com diagn�stico de Dem�ncia n�o
devem jamais sair sozinhos. A desorienta��o
espacial � um fen�meno comum e voc� precisa
considerar que mesmo nos itiner�rios �familiares�,
ou seja, aqueles que por toda a vida o paciente
fez, podem se tornar absolutamente estranhos
a ele. Por esta raz�o, quando voc� perceber que
j� existe esta desorienta��o, mantenha as portas
de casa que d�o acesso � rua fechadas. E para
n�o precisar retirar as chaves da fechadura, o que
poderia causar agita��o no paciente, instale uma
fechadura adicional na parte inferior ou superior
na porta, e esta chave sim, retire-a e guarde-a com
voc�. N�o permita que o paciente saia sozinho.
Evite que o paciente saia de casa acompanhado
apenas por um amigo. � imposs�vel afirmar se
ele permanecer� calmo e orientado por todo o
tempo que estiver fora. A desorienta��o espacial,
por exemplo, � uma ocorr�ncia comum e pode
gerar para o acompanhante muita dificuldade
para fazer o paciente aceitar o itiner�rio certo para
retornar a sua casa. Estes pacientes s�o muito
especiais, e levando-se em considera��o, hor�rio e
tipo da atividade, ambiente, e abordagem correta
do cuidador, � poss�vel manter quase todas as
atividades que ele fazia anteriormente a doen�a.
Esteja sempre atento ao atravessar a rua com
algu�m que tem Dem�ncia, � um conselho que
precisa ser adotado. D�-lhe o bra�o ou a m�o, n�o
exer�a muita press�o, mas segure firme para que ao
tentar se soltar, ele n�o consiga. Lembre-se, as ruas
de tr�fego intenso oferecem grande perigo para
pessoas com marcha lentificada, defici�ncias f�sicas
ou mentais, e por isso, devem ser evitadas. No caso
do paciente encontrar-se muito agitado, saia de casa
apenas se necess�rio, e neste caso, solicite que mais
uma pessoa da fam�lia ou conhecida os acompanhe.
Sair para passear, ir � praia etc, s�o oportunidades
de socializa��o. Pense, no entanto, que um minuto
de distra��o do cuidador pode se transformar
em grande transtorno para todos. � necess�rio
considerar que estes pacientes apresentam
desorienta��o espacial e facilmente se perdem, por
isso n�o os deixe sozinhos. Providencie que estejam
identificados com nome, endere�o e telefone que
podem ser gravados em pulseiras e pingentes.
A figura acima sugere o paciente que apresenta
o falso reconhecimento de que os personagens
que est� vendo nos programas de TV est�o na
realidade em sua casa conversando com ele. Del�rio
este, que o faz conversar com o personagem como
se ele estivesse em sua frente. � preciso lidar com
muito respeito com esta situa��o. Deve-se pensar
que, para o paciente, a impress�o � bastante real.
Portanto, n�o o corrija, explique o que acontece
�s pessoas da casa e por mais engra�ada que seja
a situa��o, n�o permita que o paciente seja motivo
de risos e coment�rios.
Tente conversar com o m�dico que
acompanhar� o paciente antecipadamente.
Aproveite para relatar-lhe todos os d�ficits e
dificuldades apresentadas pelo paciente. Evite
falar sobre elas diante dele (a). � preciso levar
em considera��o o fen�meno conhecido como
anosognosia, presente nas fases iniciais da doen�a,
que se refere a falta de percep��o que a pessoa
com dem�ncia tem do pr�prio d�ficit, assim, no
momento em que voc� relata ao m�dico alguma
falha que ela tenha cometido, por n�o se lembrar
do que fez, pode se magoar ou at� mesmo tornarse
agressiva.
Algumas situa��es devem ser evitadas, pois,
frequentemente desencadeiam altera��es de
humor e comportamento, como por exemplo,
irritabilidade, agita��o ou agressividade. Diante
disso, � oportuno considerar que pacientes que
apreciavam almo�ar ou jantar fora com seus
amigos e familiares podem continuar a faz�-lo,
por�m, � fundamental a criteriosa escolha do
local. Evite restaurantes sofisticados, superlotados,
barulhentos, mesas postas com v�rios tipos
de talheres e copos, pois mesmo aqueles
pacientes acostumados a frequentar este tipo de
ambiente, podem n�o se lembrar de como usar
adequadamente talheres de peixe, c�lices de vinho,
etc. Prefira restaurantes calmos, bem iluminados e
espa�osos. Que a m�sica ambiente, se houver, seja
da prefer�ncia do paciente. Alimentos pesados,
bebidas alco�licas, refrigerantes, precisam ser
evitados mesmo quando o paciente est� fora de
casa. Tente manter o padr�o da dieta recebida por
ele diariamente, que deve ser leve com tempero
suave em pouca quantidade. Procure sentarse
longe dos est�mulos visuais, como doces,
chocolates, sorvetes, tortas, etc.
Instituto de Memória - Núcleo de Envelhecimento Cerebral / NUDEC Rua Napoleão de Barros, 618. Vila Clementino. CEP 04024-002 / São Paulo – SP T. 5576-4848 Ramal 2085 |
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