Dicas para o cuidador

Situações de risco


Situa��es de risco

Para garantir a tranquilidade e principalmente a seguran�a do paciente confuso, � preciso que sejam colocadas telas de prote��o nas janelas, especialmente nos ambientes de apartamentos localizados em andares altos. Se necess�rio, use como argumento a "presen�a de insetos" no ambiente.

� poss�vel lev�-lo ao supermercado, desde que para pequenas compras. Nunca deixe que ele pegue algo em uma prateleira enquanto voc� vai a outro setor, n�o o deixe s�. Evite cans�-lo, n�o o deixe carregar sacolas, empurrar carrinhos, etc. Lembre-se, o paciente pode estar confuso, desorientado, e por isso, ficar alterado. Todas as atividades precisam ser supervisionadas.

Explique ao paciente antecipadamente que voc� o levar� ao m�dico para uma avalia��o da sua sa�de. Fa�a isso usando palavras calmas, em tom de voz baixo e suave, tente tranquiliz�- lo. Evite palavras com tom amea�ador como: "Se voc� n�o for ao m�dico, eu..."; Prefira: "Quando sairmos do consult�rio m�dico, n�s vamos � casa de..."; ou qualquer outra atividade que voc� sabe, ser� bem vinda pelo paciente. � importante que embora voc� tenha tempo apenas para um pequeno passeio, cumpra a promessa.

Procure, na medida do poss�vel, frequentar ambulat�rios m�dicos ou consult�rios especializados no atendimento ao portador de Dem�ncia e sua fam�lia. Os profissionais que atendem neste locais e os outros familiares que l� est�o s�o conhecedores das altera��es apresentadas no curso das Dem�ncias, e, portanto, como bem ilustrado pela figura ao lado, o paciente n�o ser� repreendido pelo seu comportamento e voc� n�o se sentir� constrangido (a). Lembre-se, o paciente que perambula precisa de espa�o livre e seguro para caminhar.

Caso o paciente esteja apresentando um comportamento desinibido, com palavras e atitudes maldosas, evite lev�-lo a passear por locais movimentados ou frequentados por estranhos. Lembrese, muitas vezes o paciente aparentemente n�o est� doente, e para quem desconhece o que est� acontecendo com ele, uma palavra ou gestos inadequados podem gerar rea��es violentas naquele que se sentiu ofendido ou desrespeitado, trazendo consequ�ncias bastante nocivas para o paciente.

Caminhadas regulares costumam ser prazerosas e propiciar um condicionamento f�sico bastante satisfat�rio. Por�m, antes de iniciar qualquer atividade f�sica, � necess�ria uma avalia��o m�dica, para que seja determinado o tipo e o tempo gasto com cada atividade. Isto varia de pessoa a pessoa. Al�m disso, recomenda-se fazer sempre uma refei��o leve antes da atividade. Levar �gua.

Os hor�rios de refei��es podem ser extremamente prazerosos para todos que convivem com o paciente. Acompanhe-o durante as refei��es, sente- se � mesa com ele, inicie uma conversa simples, bem humorada. Evite que as medica��es fiquem vis�veis sobre a mesa. Ap�s a refei��o, ofere�a o medicamento que j� foi previamente separado por voc�. Supervisione sempre, tenha certeza de que a medica��o foi ingerida.

A partir do momento do diagn�stico de Dem�ncia, � conveniente que todas as atividades desenvolvidas pelo paciente sejam supervisionadas. Especialmente as atividades instrumentais, que s�o aquelas que envolvem capacidade de planejamento e execu��o de uma tarefa mais complexa, podem estar comprometidas, e o que acontece � um verdadeiro desastre. Os eletrodom�sticos, utens�lios de cozinha, alimentos perec�veis, podem se constituir em diferentes perigos para o paciente, como por exemplo, inc�ndios, intoxica��es, queimaduras, inunda��es, quedas, fraturas, ferimentos cortantes, entre outros. N�o deixe que o paciente trabalhe sozinho na cozinha, oriente (enquanto poss�vel), supervisione, auxilie. Fa�a sempre um refor�o positivo, elogie-o com frases do tipo "Olhe como voc� ficou bem, barbeado. O que voc� acha?" ou "Esta roupa ficou muito linda em voc�". Prefira usar, sempre que poss�vel barbeador el�trico, as l�minas podem causar acidentes e neste caso, � necess�ria sua supervis�o direta. Mesmo que haja no ambiente certa desorganiza��o dos objetos utilizados pelo paciente, evite coment�rios. Posteriormente, guarde tudo nos locais apropriados.

Medicamentos e produtos t�xicos devem ser acondicionados em locais inacess�veis ao paciente. Alguns cuidados, por�m, devem ser tomados. Os arm�rios devem ser fechados, possuir ventila��o, e as chaves devem igualmente ser inacess�veis ao paciente. Acidentes podem acontecer, e � preciso que o cuidador esteja atento para evit�-los. Voc� j� deve ter percebido que as medidas que o auxiliam a prevenir acidentes s�o muito simples e f�ceis de serem colocadas em pr�tica.

� preciso levar em considera��o que as avalia��es m�dica, oftalmol�gica e odontol�gica fazem parte do contexto dos cuidados que deve ser dispensado a pessoa idosa com ou sem Dem�ncia. As pr�teses dent�rias mal adaptadas costumam ficar frouxas na boca, o que dificulta a mastiga��o, degluti��o e a comunica��o. Al�m disso, podem causar para o paciente e sua fam�lia uma situa��o de grande constrangimento e les�es na mucosa oral ocasionando dor. Providencie para que o paciente visite o dentista uma vez por ano.

Nas fases iniciais da doen�a, os d�ficits com as atividades profissionais podem estar presentes. Pacientes que aparentemente s�o independentes para continuar exercendo suas atividades no trabalho costumam cometer falhas importantes, especialmente aquelas que envolvem finan�as, documenta��o, etc. Sempre que poss�vel, d� ao paciente a sensa��o de que ele continua exercendo suas atividades no trabalho com a mesma efici�ncia de antes. Isto � poss�vel permitindo que ele execute sua atividade normalmente, mas que seu trabalho, sem que ele saiba, seja avaliado por outra pessoa, e se necess�rio refeito. Adaptar o ambiente pode, �s vezes, ser fundamental para manter a seguran�a pessoal e evitar acidentes como os representados pelas figuras. Tente manter o ambiente o menos polu�do poss�vel. Evite muitas pe�as de mobili�rio, como por exemplo, mesas de centro, objetos de decora��o espalhados, tapetes soltos, animais de estima��o nas �reas de circula��o do paciente, etc. Procure manter boa ilumina��o e pe�as na decora��o que sejam familiares ao paciente, isto permite que n�o haja uma descaracteriza��o do ambiente, o que o tornaria estranho. Muitos acidentes ocorrem devido a um simples trope�o, e caso haja uma queda, � importante que voc� busque ajuda, n�o levante o paciente do ch�o sem ter certeza de que n�o houve nenhuma fratura.

Por�m, n�o se assuste, lembre-se de que o objetivo aqui � prevenir acidentes, e que algumas adapta��es muito simples podem permitir maior seguran�a, especialmente entre aqueles pacientes que perambulam. Para manter a seguran�a � preciso que voc� dificulte o acesso do paciente �s escadas, desencorajando-o assim a subir e descer desnecessariamente. Instale port�es nos dois acessos, superiores e inferiores; mantenha ilumina��o adequada e se a escada for carpetada, certifiquese de que o carpete esteja bem preso e sem rugas; instale nos degraus faixas adesivas antiderrapantes coloridas e facilmente vis�veis, e corrim�es nos dois lados da escada.


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