Alzheimer

Hist�rico da Doen�a

Alois Alzheimer, m�dico alem�o que viveu entre a segunda metade do s�culo XIX e o in�cio do s�culo XX, publicou em 1907 o artigo intitulado �A characteristic serious disease of the cerebral cortex� em que apresenta os achados cl�nicos e anatomopatol�gicos de um caso peculiar. Trata-se da paciente Auguste D., atendida inicialmente aos 51 anos quando passou a apresentar sintomas delirantes caracterizados por ci�mes intensos em rela��o ao marido. Al�m disso, desenvolveu altera��es de linguagem e de mem�ria, bem como desorienta��o no tempo e no espa�o que se instalaram logo em seguida e com piora progressiva. A paciente faleceu quatro anos e meio ap�s o in�cio dos sintomas em est�gio avan�ado de dem�ncia, e foi submetida a exame anatomopatol�gico.



Alzheimer observou ac�mulo de placas caracter�sticas no espa�o extracelular, chamadas de placas senis, e les�es neurofilamentares no interior de neur�nios, distribu�das difusamente pelo c�rtex cerebral. Cinco anos ap�s, em 1912, o renomado professor de psiquiatria alem�o E. Kraepelin faz pela primeira vez uma men��o, em seu comp�ndio de psiquiatria dissertando sobre o tema utilizando a express�o �esta doen�a descrita por Alzheimer�. A partir dessa �poca, o ep�nimo doen�a de Alzheimer passou a ser utilizado para os casos de dem�ncia ocorrendo na faixa et�ria pr�-senil, ou seja, antes dos 65 anos, e que apresentavam caracter�sticas cl�nicas e neuropatol�gicas semelhantes � paciente inicialmente descrita.



Durante v�rias d�cadas esse diagn�stico ficou reservado a tais casos de dem�ncia degenerativa pr�-senil, em oposi��o aos casos bem mais frequentes e j� conhecidos no in�cio do s�culo XX de dem�ncia senil. Esta dicotomia teve ra�zes em disputas acad�micas entre diferentes escolas psiqui�tricas alem�s naquela mesma �poca. Foi apenas muitas d�cadas ap�s, no final dos anos 60, que diferentes estudos demonstraram que a ent�o denominada doen�a de Alzheimer e a dem�ncia senil eram, na realidade, a mesma condi��o cl�nico-patol�gica, embora com algumas diferen�as de apresenta��o cl�nica. A partir da d�cada de 70, o termo doen�a de Alzheimer passou a ser empregado de forma indistinta para os casos de dem�ncia degenerativa que apresentavam as les�es cerebrais descritas como placas senis e emaranhados neurofibrilares, independentemente da faixa et�ria de in�cio dos sintomas.



Em 1984 um grupo de pesquisadores prop�s crit�rios diagn�sticos para a doen�a de Alzheimer, que passaram a nortear as pesquisas e a atividade cl�nica de atendimento a estes pacientes. Com o aumento substancial da expectativa de vida da popula��o mundial verificado nas �ltimas d�cadas, a doen�a de Alzheimer tornou-se um s�rio e importante problema de sa�de individual e coletiva, em decorr�ncia da significativa incapacidade que acarreta aos pacientes, das influ�ncias sobre os familiares e cuidadores, al�m dos custos diretos e indiretos que ocasiona.


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